VIH/SIDA é a sigla que significa Síndrome De Imunodeficiência Adquirida, uma doença do sistema imunológico humano causada pelo vírus da Imunodeficiência Humana, em inglês VIH (human immunodeficiency virus – HIV).
O vírus VIH1 foi descoberto no início dos anos 80. Em caso de deficiência do sistema imunitário, as defesas do corpo humano diminuem o que pode levar ao desenvolvimento de doenças graves ou mesmo à morte. À medida que a doença progride, interfere cada vez mais no sistema imunológico tornando a pessoa infectada mais susceptível a outros tipos de doenças e infecções oportunistas, que geralmente não afectam pessoas com um sistema imunológico saudável.
Em Angola, segundo a Anaso, Organização Não-Governamental (ONG) angolana de combate à doença, o VIH-Sida afecta cerca de meio milhão de pessoas, dos quais apenas 78 mil recebem terapia anti-retroviral. Registam-se em média cerca de 11 a 12 mil mortes por ano e o número de casos relacionados A SIDA continua a gerar mitos e crenças infundadas e a conduzir à descriminação e à exclusão. É por esta razão que é preciso informar, acabar com os preconceitos e encorajar o apoio e a ajuda.

O VIH transmite-se principalmente através de relações sexuais desprotegidas (sem uso de preservativo), troca de seringas e agulhas, transfusões de sangue contaminado ou de uma mãe infectada com o vírus para o filho durante a gravidez, no momento do nascimento ou durante o aleitamento. Outros fluidos corporais, como a saliva ou as lágrimas, não transmitem o vírus.

O indivíduo infectado pelo vírus do VIH numa fase primária (ou aguda como também é identificada) poderá apresentar sintomas semelhantes aos de uma gripe. Esta primeira fase pode passar muitas vezes despercebida. Após esta primeira fase os sintomas tendem a desaparecer espontaneamente e podem decorrer vários anos até que a pessoa infectada seja diagnostica como portadora de VIH.

A detecção do vírus é efectuada através de um teste que confirma ou exclui a contaminação pelo vírus da SIDA, em geral os resultados só são fiáveis após 3 meses da exposição ao risco.

A infecção por VIH/SIDA ainda não tem cura, sendo a prevenção um factor muito importante na luta contra esta doença. As situações e factores de risco devem ser evitados:
– Não partilhar agulhas e seringas ou qualquer outro tipo de objectos cortantes ou perfurantes.
– Não realizar qualquer tipo de sexo desprotegido (sem uso de preservativo)
– Em caso de violação sexual, deve-se comunicar de imediato às autoridades competentes e fazer um exame hospitalar o quanto antes para que se possam adoptar medidas de profilaxia de infecção pelo VIH assim como para outras doenças sexualmente transmissíveis.
Em caso de confirmação de infecção o parceiro ou pessoas com as quais o portador do vírus teve contacto sexual deverão ser imediatamente.

Apesar de ainda não existir uma cura ou uma vacina o progresso da medicina levou a um aumento bastante considerável da esperança de vida, com o tratamento por via de anti-retrovirais que ajudam a retardar o desenvolvimento da doença e aumentam a esperança de vida do portador do vírus.

Uma infecção pelo VIH é e continua a ser, no entanto uma doença mortal. Um diagnóstico precoce promove um tratamento mais eficaz.