Sobre a Mecofarma
O QUE É A MECOFARMA?
A Mecofarma é uma rede de farmácias autorizadas e certificadas na comercialização de medicamentos de uso humano, incluindo os medicamentos à base de plantas e homeopáticos, e de produtos de saúde (que incluem produtos cosméticos e de higiene corporal, dispositivos médicos) em Angola.
COMO É QUE A MECOFARMA ASSEGURA QUE OS MEDICAMENTOS COMERCIALIZADOS SÃO SEGUROS, EFICAZES E DE QUALIDADE?
A Mecofarma efetua uma avaliação criteriosa de todos os medicamentos antes da sua introdução no mercado, realiza visitas periódicas aos estabelecimentos de produção, ou de distribuição de medicamentos. E promove a Informação actualizada e fiável aos consumidores e aos profissionais de saúde.
Sobre a Mecovet
O QUE É A MECOVET?
A Mecofarma inclui também a Mecovet, rede de petshops autorizadas para a comercialização de medicamentos de uso não humano, rações, produtos de higiene e beleza, brinquedos e acessórios variados.
Receitas
O QUE É UMA RECEITA MÉDICA?
Considera-se receita médica a prescrição de um determinado medicamento de uso humano, por profissional habilitado para o efeito ( médico).
O QUE TORNA UMA RECEITA VÁLIDA?
A receita tem uma validade até 30 dias.
A receita para ser válida deverá conter cabeçalho da clínica, hospital ou centro de saúde e carimbo da mesma + assinatura do médico (legível) ou carimbo + rubrica do médico + número da ordem dos médicos (legível) se for prescrito um medicamento sujeito a receita médica.
A RECEITA MÉDICA É OBRIGATÓRIA PARA TODOS OS MEDICAMENTOS?
Não. A obrigatoriedade da receita médica depende da classificação dos medicamentos quanto à dispensa: medicamentos sujeitos a receita médica (MSRM) ou medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM).
Os medicamentos sujeitos a receita médica são os que só podem ser dispensados na farmácia mediante apresentação da receita emitida por profissionais devidamente habilitados a prescrever medicamentos (médicos).
PORQUE É QUE EXISTEM MEDICAMENTOS QUE SÓ PODEM SER OBTIDOS COM RECEITA MÉDICA?
Porque, caso sejam utilizados sem vigilância médica, podem representar de forma directa ou indirecta, um risco para a saúde, mesmo quando usados para o fim a que se destinam.
Podem também conter substâncias, ou preparações à base dessas substâncias, cuja actividade e/ou efeitos secundários seja necessário controlar. Outro tipo de medicamentos que só podem ser obtidos com receita médica (MSRM) são os parentéricos, ou seja injectáveis e ainda os medicamentos que são com frequência utilizados em quantidade considerável para fins diferentes daquele a que se destinam.
O QUE SÃO MEDICAMENTOS NÃO SUJEITOS A RECEITA MÉDICA (MNSRM)?
Os MNSRM são medicamentos que podem ser obtidos sem necessidade de receita médica e destinam-se ao tratamento de problemas de saúde ligeiros e sem gravidade.
Os medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM) devem ser utilizados de acordo com a informação disponível na embalagem e no folheto informativo. Por isso, nunca deite fora as embalagens e os folhetos informativos. Guarde-os sempre junto com o medicamento e peça aconselhamento ao seu farmacêutico, se necessário.
EM QUE SITUAÇÕES É QUE DEVO RECORRER A UM MÉDICO?
Sempre que os sintomas persistirem durante mais de cinco dias ou agravarem após a toma de Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MSRM). Nestas circunstâncias deverá recorrer ao seu médico assistente.
Seguro de Saúde
QUAIS OS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS?
- Receita médica válida
- Cartão de segurado válido
- Documento de Identificação: BI, Carta de Condução Passaporte, Certidão de Nascimento (recém-nascido). Cédula de Nascimento (criança até 8 anos – excepção ENSA crianças até 14 anos).
O nome que consta na receita tem que corresponder ao documento de identificação apresentado.
QUAL A COMPARTICIPAÇÃO?
A comparticipação irá variar mediante a cobertura do seguro.
Se a comparticipação da seguradora para o medicamento for a 100% nada tem a pagar. Se a comparticipação for menor que 100% deverá pagar a diferença. Neste caso é emitida uma factura para a seguradora no valor da comparticipação e uma factura para o cliente no valor do co-pagamento/ co-participação.
Os produtos comparticipados pela seguradora são da exclusiva responsabilidade da mesma, a farmácia apenas cumpre as indicações fornecidas. Podendo existir medicamentos que são cobertos por uma seguradora e não por outra.
Medicamentos
O QUE SÃO MEDICAMENTOS?
Substâncias ou composições de substâncias que possuem propriedades curativas ou preventivas das doenças e dos seus sintomas, do homem ou do animal, com vista a estabelecer um diagnóstico médico ou a restaurar, corrigir ou modificar as suas funções orgânicas.
O QUE É UM MEDICAMENTO GENÉRICO?
Um medicamento genérico é um medicamento com a mesma substância activa, forma farmacêutica e dosagem e que se destina à mesma terapêutica que o medicamento original, de marca, que serviu de referência.
COMO RECONHECER UM MEDICAMENTO GENÉRICO?
Os medicamentos genéricos são identificados pela sigla (MG), inserida na embalagem exterior do medicamento
QUAIS SÃO AS VANTAGENS DOS MEDICAMENTOS GENÉRICOS?
São medicamentos cujas substâncias activas se encontram no mercado há vários anos e que, por essa razão, apresentam maior garantia de efectividade e permitem um melhor conhecimento do respectivo perfil de segurança. Os medicamentos genéricos têm portanto a mesma qualidade, eficácia e segurança a um preço inferior ao do medicamento original.
QUE INFORMAÇÃO SE CONSEGUE OBTER A PARTIR DA EMBALAGEM DOS MEDICAMENTOS?
- Nome do medicamento;
- Composição e substâncias activas;
- Forma farmacêutica;
- Modo e via de administração;
- Prazo de validade, incluindo mês e ano;
- Número do lote de fabrico;
- Nome e morada do responsável pela autorização de introdução no mercado;
- Classificação do medicamento relativamente à sua dispensa;
- Se for caso disso: Qual o prazo de utilização após reconstituição do medicamento ou abertura do recipiente, pela primeira vez, e precauções de conservação e destruição
QUE INFORMAÇÃO ESTÁ INCLUÍDA NOS FOLHETOS INFORMATIVOS (BULA) QUE ACOMPANHAM OS MEDICAMENTOS?
O folheto informativo é composto pela informação escrita que se destina ao utente e que acompanha o medicamento.
O folheto informativo deve conter as informações seguintes:
- Nome do medicamento;
- Indicações terapêuticas;
- Modo e via de administração;
- Posologia usual, com referência à dose máxima;
- Indicação do momento mais favorável à administração do medicamento;
- Duração do tratamento médio, quando deva ser limitado;
- Contra-indicações, efeitos secundários mais frequentes ou sérios e acções a efectuarem caso ocorram;
- Interacções medicamentosas e outras;
- Efeitos em grávidas, lactentes, crianças, idosos e doentes com patologias especiais;
- Precauções especiais de utilização;
- Composição qualitativa e quantitativa das substâncias activas;
- Forma farmacêutica;
- Categoria fármacoterapêutica ou tipo de actividade, em termos facilmente compreensíveis para o doente;
- Efeitos sobre a capacidade de condução e utilização de máquinas;
- Nome e morada do responsável pela autorização de introdução no mercado;
- Lista dos excipientes cujo conhecimento seja eventualmente necessário para a utilização conveniente do medicamento, devendo ser indicados todos os excipientes no caso de produtos injectáveis, preparações de aplicação tópica e colírios;
- Instruções sobre a atitude a tomar quando for esquecida a administração de uma ou mais doses;
- Indicação de como suspender o tratamento, caso cause efeitos de privação;
- Medidas a adoptar em caso de sobredosagem e ou intoxicação, nomeadamente sintomas, medidas de urgência e antídotos;
- Aconselhamento ao utente para comunicar ao seu médico ou farmacêutico os efeitos indesejáveis detectados e que não constem do folheto;
- Aconselhamento ao utente para verificar o prazo de validade inscrito na embalagem ou no recipiente;
- Precauções particulares de conservação e indicação de sinais visíveis de deterioração do mesmo, se existirem;
- Precauções especiais para a destruição dos produtos não utilizados ou dos resíduos derivados dos medicamentos, quando for caso disso;
- Data da elaboração ou da última revisão do folheto.
COMO TOMAR MEDICAMENTOS DE FORMA SEGURA?
Tome os medicamentos tal como lhe foram indicados, em termos de horários, dose, duração do tratamento e do que fazer caso se esqueça de uma toma.
Informe sempre o seu médico ou farmacêutico dos medicamentos que toma, se está grávida, pretende engravidar ou está a amamentar, outras doenças, etc.
Procure conhecer os medicamentos que toma, através da leitura do folheto informativo (bula) que os acompanha e dos esclarecimentos do médico ou farmacêutico.
Mantenha os medicamentos na embalagem de origem, seguindo as instruções de conservação.
Verifique sempre o prazo de validade
O QUE É UMA REACÇÃO ADVERSA AO MEDICAMENTO?
Uma reacção adversa a medicamentos (RAM) é uma resposta nociva e não intencional a um ou mais medicamentos.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE COMPRIMIDO, DRAGEIA E CÁPSULA?
Comprimidos: Obtidos, como o próprio nome diz, por meio da compressão de um pó. O ar presente entre as partículas é retirado, resultando num produto sólido. A digestão do medicamento começa já no estômago. As versões sublinguais são elaboradas para se dissolver com a saliva, para que os princípios activos sejam absorvidos pela mucosa bucal, passando directamente para a corrente sanguínea, acelerando seu efeito.
Drageias: Comprimidos revestidos com açúcar ou algum polímero derivado da celulose. Essa cobertura serve para proteger a substância activa do ar, da luz e da humidade, além de retardar a digestão do fármaco.
Em algumas situações, o revestimento é necessário para que a libertação ocorra somente no intestino
Cápsulas: Contêm o fármaco envolto num revestimento de gelatina (igual à gelatina que se compra no supermercado para consumo doméstico), que pode ou não receber pigmentos. Essa gelatina serve para preservar o medicamento do ar, da humidade e da luz, as cápsulas são digeridas no estômago.
PODEM CORTAR-SE COMPRIMIDOS?
Não. Nenhum comprimido deve ser partido, principalmente se for revestido. Isso porque essa camada serve tanto para proteger do ambiente externo como para evitar a degradação da substância activa. Além disso, esse tipo de manipulação altera a dosagem.
Adquirir uma dosagem superior e partir de forma a tomar uma dosagem inferior, não é aconselhável, estudos demonstram que, mesmo usando equipamentos de corte, há diferença na dosagem de cada metade. Antes de cortar, é importante consultar o seu médico ou farmacêutico
Quanto aos medicamentos de liberação prolongada – que liberam a substância activa ao longo de um período maior – pode ser ainda mais arriscado dividir estes comprimidos, pois corre-se o risco de ingerir uma dose muito maior do que a correta.
A regra vale também para os medicamentos que já vêm com um vinco, pois eles sofrem perdas igualmente em função do esfarelamento.
PODEM ABRIR-SE CÁPSULAS?
Não. A parte externa serve como uma protecção para a substância activa. Se tem dificuldade em ingerir este tipo de medicamento, consulte o seu com médico para avaliar opções.
ONDE GUARDAR OS MEDICAMENTOS?
Devem ser guardados longe de fontes de calor, humidade e luz. Dentro das suas respectivas caixas e sempre acompanhados da bula. Os medicamentos devem ser retirados do blister de alumínio apenas no momento da toma.
Quem usa muitas substâncias e costuma utilizar embalagens fraccionadas com todos os medicamentos juntos, deve ficar atento à higiene do suporte. O ideal será organizar os medicamentos para, no máximo, uma semana. Quando se retira o medicamento do invólucro, este perde estabilidade. O prazo de validade escrito na caixa diz respeito àquela embalagem.
AS BEBIDAS ALCOÓLICAS INTERFEREM COM A TOMA DE MEDICAMENTOS?
O consumo de álcool pode interferir na acção dos medicamentos que, assim como as bebidas, são metabolizados no fígado. No caso dos antibióticos, é aconselhável não consumir qualquer tipo de bebidas alcoólicas, o álcool aumenta a eliminação dos antibióticos. É preciso manter no sangue uma determinada concentração do medicamento num determinado intervalo de tempo, e o álcool acelera essa eliminação, diminuindo a sua eficácia. A combinação pode potencializar os efeitos de alguns medicamentos, que é o que acontece com certos antialérgicos e ansiolíticos.
OS ANTIBIÓTICOS DIMINUEM O EFEITO DOS ANTICONCEPCIONAIS?
Algumas substâncias alteram as bactérias do intestino que são importantes para o efeito desejado dos anticoncepcionais. Ampicilina e amoxicilina são algumas das drogas que podem causar alterações.
EXISTE ALGUM HORÁRIO RECOMENDADO PARA A TOMA DE MEDICAMENTOS?
Regra geral, não existe um horário ideal. O importante é manter a regularidade da toma especialmente de antibióticos. As tomas devem respeitar o intervalo de tempo estipulado pelo médico, sob pena de perder a eficácia caso haja atrasos.
É MELHOR TOMAR O MEDICAMENTO EM JEJUM OU COM AS REFEIÇÕES?
Essa orientação deve ser dada pelo médico e pode ser reforçada pelo farmacêutico no momento da compra, pois irá variar de acordo com a substância.
Alguns medicamentos podem ter a sua absorção prejudicada quando tomado com a refeição e outros podem causar irritação gástrica se tomados em jejum. O Sulfato ferroso e antibióticos, por exemplo, funcionam melhor quando ingeridos com depois da refeição. Se a recomendação for tomar em jejum, deve-se dar um intervalo de uma hora entre o medicamento e a refeição ou duas horas após a refeição.
SÓ POSSO TOMAR MEDICAMENTOS COM ÁGUA?
Depende do medicamento. A maioria só deve ser ingerida com água . Deverá consultar o seu médico ou farmacêutico, pois, em alguns casos, o leite ou o sumo, pode fazer com que o medicamento não seja absorvido adequadamente. Na dúvida, tome com água.
SE ESQUECER UMA TOMA DO MEDICAMENTO, O QUE DEVO FAZER?
Volte a tomar assim que lembrar, mas nunca duplique a dose.
O QUE SÃO MEDICAMENTOS VETERINÁRIOS?
É todo o medicamento destinado aos animais.
Os medicamentos de uso veterinário também ajudam a aumentar directamente a qualidade nutricional dos produtos de origem animal, a aumentar a sua produção, e/ou a garantir produtos de origem animal saudável.
Algumas doenças de origem animal são transmissíveis ao homem, quer ao proprietário do animal, quer ao consumidor. A maioria destas doenças tem sido controlada pelos avanços da ciência veterinária e pelo desenvolvimento de medicamentos veterinários.
Dispositivos Médicos
O QUE SÃO DISPOSITIVOS MÉDICOS?
Qualquer instrumento, aparelho, equipamento, software, material ou artigo utilizado isoladamente ou combinado, incluindo o software destinado pelo seu fabricante a ser utilizado especificamente para fins de diagnóstico ou terapêutico e que seja necessário para o bom funcionamento do dispositivo médico, cujo principal efeito pretendido no corpo humano não seja alcançado por meios farmacológicos, imunológicos ou metabólicos, embora a sua função possa ser apoiada por esses meios.
Destinado pelo fabricante a ser utilizado em seres humanos para fins de:
- Diagnóstico, prevenção, controlo, tratamento ou atenuação de uma doença;
- Diagnóstico, controlo, tratamento, atenuação ou compensação de uma lesão ou uma deficiência;
- Estudo, substituição ou alteração da anatomia ou de um processo fisiológico;
- Controlo da concepção.
Cosméticos
O QUE FAZER SE OCORRER UM EFEITO INDESEJÁVEL APÓS UTILIZAÇÃO DE UM COSMÉTICO?
O utilizador deve, preferencialmente, contactar um dermatologista, médico assistente, farmacêutico ou outro profissional de saúde.